domingo, 24 de novembro de 2019

SEIS GRANDES DECISÕES QUE SUA EMPRESA TERÁ QUE TOMAR NA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL




A transformação digital inseriu mais dinamismo no mercado, isto trouxe oportunidades para algumas empresas e ameaças a outras. Para que sua organização sobreviva neste cenário de velocidade e incertezas é necessário que as empresas em algum momento tomem algumas decisões que podem significar a sobrevivência ou não de uma organização. Vejamos:

Decisão 1: comprar ou vender empresas em seu portfólio?
O crescimento e a lucratividade de algumas empresas se tornam menos atraentes no mundo digital, e os recursos necessários para competir também mudam. Consequentemente, o portfólio de negócios dentro de uma empresa pode ter que ser alterado para atingir o perfil financeiro desejado ou reunir talentos e sistemas necessários.

Decisão 2: Lidere seus clientes ou siga-os?
As empresas tradicionais também têm oportunidades para lançar estratégias disruptivas. Um grupo europeu de corretor de imóveis, com uma grande participação exclusivamente controlada no mercado de ações, decidiu agir antes que os rivais digitais entrassem em seu espaço. Ele criou uma plataforma baseada na Web aberta a todos os corretores (muitos deles concorrentes) e agora se tornou o principal marketplace da Europa e com uma participação crescente. Em outras situações, a decisão certa pode ser a de renunciar a movimentos digitais - particularmente em setores com altas barreiras à entrada, complexidades regulatórias e patentes que protegem os fluxos de valor.

Decisão 3: Cooperar ou competir com novos entrantes?
Uma grande empresa em um setor que está sofrendo uma disrupção digital pode parecer uma baleia atacada por piranhas. Enquanto, no passado, pode ter havido um ou dois novos participantes entrando no seu espaço, agora pode haver dezenas - cada um causando pequenos danos, sem que nenhum individualmente seja fatal. O PayPal, por exemplo, está recebendo fatias de empresas de pagamento e a Amazon está absorvendo pequenas empresas de empréstimos de bens online. As empresas podem neutralizar ataques criando rapidamente propostas de produtos e serviços similares ou mesmo adquirindo os novos entrantes. No entanto, não é possível defender todas as frentes simultaneamente; portanto, a cooperação com alguns dos novos entrantes pode fazer mais sentido do que competir.

Decisão 4: Diversificar ou duplicar as iniciativas digitais?
À medida que as oportunidades e desafios digitais proliferam, decidir onde fazer novas apostas é um desafio crescente para os líderes. A diversificação reduz os riscos, muitas empresas são tentadas a deixar mil iniciativas irem em frente. Porém, muitas vezes essas pequenas iniciativas, por mais inovadoras que sejam, não recebem financiamento suficiente para suportar ou são facilmente replicadas pelos concorrentes. Uma resposta é pensar como um fundo de private equity, semeando várias iniciativas, mas sendo disciplinado o suficiente para matar aquelas que não ganham impulso rapidamente e financiar aqueles com potencial genuinamente interessante. Desde 2010, o Fundo Global de Inovação em Saúde da Merck, com US $ 500 milhões sob gestão, investe em mais de 20 startups com projetos em informática combinada com saúde, medicina personalizada e outras áreas - e continua buscando novas perspectivas. Outras empresas, como BMW e Deutsche Telekom, criaram unidades para financiar startups digitais.

Decisão 5: manter os negócios digitais separados ou integrá-los aos atuais não-digitais?
A integração de operações digitais diretamente nos negócios físicos pode criar valor adicional - por exemplo, fornecendo recursos multicanais aos clientes ou ajudando as empresas a compartilhar infraestrutura, como redes da cadeia de suprimentos. No entanto, pode ser difícil atrair e reter talentos digitais em uma cultura tradicional, e as guerras entre os líderes dos negócios digital e principal são comuns. Além disso, diferentes empresas podem ter visões conflitantes sobre, por exemplo, como projetar e implementar uma estratégia multicanal.

Decisão 6: delegar ou possuir a agenda digital?
O avanço da agenda digital requer muito tempo e atenção da gerência sênior. O comportamento do cliente e as situações competitivas estão evoluindo rapidamente, e uma estratégia digital eficaz exige uma extensa orquestração multifuncional que pode exigir o envolvimento do CEO. Uma empresa global, por exemplo, tentou digitalizar seus processos para competir com um novo participante. A função de P&D responsável pelo design do produto tinha pouco conhecimento de como criar ofertas que pudessem ser distribuídas efetivamente pelos canais digitais e isto dificultou o lançamento do produto em todas as plataformas. Enquanto isso, uma unidade de negócios sob pressão de preços estava apoiando-se fortemente em especialistas de processos digitais para um grande investimento que tinha como meta redesenhar o back office da empresa. Eventualmente, o CEO deve intervir e ordenar uma nova abordagem, que organizará o esforço de digitalização em torno das jornadas de demandas dos clientes. Ou seja, a digitalização deve gerar um valor que seja percebido em primeiro lugar pelo cliente.

BIBLIOGRAFIA:
HIRT Martin; WILLMOTT  Paul. Mackinsey Consulting Group. Strategic principles for competing in the digital age. London . 2014


A IMPORTÂNCIA DE UMA VISÃO ESTRATÉGICA INSPIRADORA

“Bons líderes de negócios criam uma visão, articulam a visão, são apaixonados por ela e a conduzem incansavelmente até obter os result...